Trump Isenta Aeronaves do Tarifaço de 50%: Alívio para a Aviação Executiva Brasileira
- EMPIRE FLIGHT

- 15 de ago.
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Atualizado: 18 de ago.
Em meio a tensões diplomáticas, o setor aeronáutico (incluindo jatos executivos) foi poupado da nova tarifa de importação dos EUA, preservando negócios bilionários e evitando impactos severos à Embraer.

Em 30 de julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA. A medida, que entra em vigor em agosto, representa uma escalada nas tensões comerciais entre os dois países. No entanto, em uma decisão estratégica, aeronaves civis (comerciais e executivas) foram excluídas da nova taxação, mantendo a tarifa anterior de 10% que já estava em vigor desde abril.
Essa exceção representa um alívio significativo para o setor de aviação brasileira, especialmente para a Embraer, que exporta cerca de 70% de seus jatos executivos para o mercado norte-americano. A medida também beneficia operadores de aviação privada, empresas de propriedade fracionada e brokers internacionais que dependem da fluidez comercial entre Brasil e EUA.
O Que Foi Isentado?
Segundo o decreto presidencial, estão fora da nova tarifa de 50%:
Aeronaves civis (exceto militares)
Motores, peças e subconjuntos aeronáuticos
Simuladores de voo e seus componentes
Jatos executivos novos e usados
Produtos energéticos e agrícolas como suco de laranja e minérios
A tarifa de 10% permanece válida, mas é considerada administrável pelas empresas do setor. Caso a nova tarifa fosse aplicada, o impacto estimado para a Embraer seria de R$ 50 milhões por aeronave, com prejuízo potencial de R$ 20 bilhões até 2030.
Contexto Político e Econômico
A decisão de Trump foi motivada por alegações de “ameaças à segurança nacional e à liberdade de expressão” por parte do governo brasileiro, especialmente em relação ao processo judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A Casa Branca citou o ministro Alexandre de Moraes como responsável por “perseguir opositores políticos e impor censura a empresas americanas”.
Apesar do tom político, a isenção das aeronaves revela uma prioridade econômica clara: preservar cadeias produtivas e evitar rupturas em setores estratégicos. A Embraer, por exemplo, mantém linhas de montagem nos EUA, emprega milhares de trabalhadores americanos e compra bilhões de dólares em componentes norte-americanos — argumentos que foram decisivos para a isenção.
Reação do Mercado
A notícia da isenção provocou uma reação imediata:
As ações da Embraer subiram mais de 10% na B3 no mesmo dia
A empresa comemorou publicamente a decisão, destacando o “impacto positivo e a importância estratégica” de suas operações nos EUA
Analistas classificaram a Embraer como “principal beneficiada” da medida, com expectativa de novas máximas históricas nas ações
Impacto na Aviação Executiva
Para o segmento de jatos executivos, a isenção garante:
Continuidade nas entregas para clientes americanos como Flexjet, NetJets e operadores privados
Estabilidade nos preços e contratos de leasing internacional
Preservação da competitividade brasileira no mercado global de aviação de negócios
Além disso, a nova legislação tributária sancionada por Trump em julho restabelece a depreciação bônus de 100% para aeronaves novas e usadas em operações comerciais, permitindo que empresas deduzam integralmente o custo de aquisição no ano de entrada em serviço. Isso torna os jatos executivos ainda mais atraentes para compradores americanos.
🔗 Fontes Oficiais e Referências








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